6 de mar. de 2014


Curso Vivenciando a fotografia – Um grupo de estudos
Da captação da imagem à “revelação” digital

A proposta do curso é que, com turmas pequenas, através de um ritmo adequado na apresentação do conteúdo e de exercícios práticos, os alunos possam questionar, discutir, vivenciar e assimilar os conceitos e informações técnicas apresentados, e utilizá-los de forma pessoal e expressiva, possibilitando um maior aprofundamento em aspectos escolhidos pelo grupo.

O curso está estruturado em módulos, que poderão ser cursados em sequência ou independentemente.

Módulo IConceitos, elementos e fundamentos técnicos
Aspectos físicos e fundamentos técnicos da fotografia e seus efeitos e possibilidades como elementos da linguagem fotográfica e forma de expressão pessoal.

- Fotografia, o que é?
- Um pouco de história
- A tinta: Luz e suas características / Equipamentos de iluminação
- A tela: Filme/Sensor
- O pincel: Câmeras/Objetivas
- A medição da luz
- Os controles da Câmera
- Elementos de composição e enquadramento
- Sombra e perspectiva
- Introdução à “revelação” digital

Horário: Terças-feiras, das 20:00 às 22:00 h
Local: Espaço Religar - Rua Gerivá, 374 – Jardim Recreio – Ribeirão Preto
Investimento Módulo I: R$ 250,00/mês (em 3 cheques no início do curso)
Informações/Adesão: 3236.7890 /98158.5656 – Kiko Cruz

Duração: 3 meses – De 18/03/2014 a 10/06/2014, com uma saída fotográfica diurna em data e local a combinar

Módulo IIGrandes temas, grandes fotógrafos
Uma discussão dos grandes temas da fotografia, sua linguagem,  especificidades técnicas e equipamentos mais adequados. Apresentação de alguns dos fotógrafos mais representativos em cada segmento e alguns de seus trabalhos.
Paisagem/Fotos Noturnas, Pessoas – Retrato, o Corpo Nu, Moda/Beleza, Ensaio–, Natureza/Close-Up, Documentação/Jornalismo, Fine Art/Projetos Pessoais/Narrativas,  Arquitetura, Still (Natureza Morta), Palco.

Módulo IIIAprofundamento
Abordagem em maior profundidade de temas escolhidos pelo grupo

Módulo IVHistória da arte e fotografia
Panorama da História da Arte e características de suas diversas escolas, visando fornecer ao aluno conhecimento e repertório para enriquecer sua percepção estética, propondo a elaboração de trabalhos que incorporem elementos de algumas das escolas abordadas.

26 de set. de 2013

Inquietações


Nestes tempos de câmeras digitais com tanta tecnologia embutida, que se dispõem a pensar por nós, se autorregulando com base em parâmetros pré-definidos em sua fabricação, venho me questionando se, ao invés de ficarmos escravos da tecnologia, não seria mais importante considerar os aspectos relacionados à concepção, à estética, à originalidade e à criatividade, que fazem da fotografia uma forma de expressão pessoal, para que possamos obter resultados distantes das fotografias pasteurizadas e massificadas que vemos no dia-a-dia.
Não saberia, no entanto, me expressar melhor que o fotógrafo Armando Vernaglia Jr, em artigo publicado em 2012, onde ele coloca: “Quando comecei a fotografar elegi meus ídolos, entre eles estavam Philippe Halsman com sua espetacular foto Dali Atomicus ou seus belíssimos retratos em capas da revista Life, ali estavam as pinturas de Salvador Dali e seu surrealismo que para mim era como mágica pintada em tela, também estava um filme que até hoje é meu mantra visual, 2001, de Stanley Kubrick, e suas composições que conseguiam ser planas e profundas ao mesmo tempo, com sua luz que conseguia ser chapada e contrastada ao mesmo tempo, entre outras referências.
Em todas as minhas referências eu não questionava se Kubrick filmava com 35 mm, Super 35 mm, com uma Arri ou Panavision. Pouco me importava se Dali pintava com óleo ou acrílica e tão pouco ligava para se Halsman iluminava com flash ou luz contínua, se era médio formato ou 35 mm. Minhas dúvidas se relacionavam às ideias, como elas tinham surgido, como foram possíveis, como aquela estética surgiu, de onde vinha a criatividade.
A técnica sempre me pareceu algo dentro do reino das obviedades, algo que com treino, tentativas, erros e um pouco de estudo, cedo ou tarde seria dominada. Saber os diafragmas, os filmes, o ISO, os formatos de câmera, as funções de cada botão do equipamento etc., isso existe em livros, em manuais etc., mas a estética e a ideia, onde elas estavam?
Essa era minha inquietação quando comecei e ainda é hoje. Ela me faz ir a museus e ficar olhando pinturas, faz ir ao cinema para ver como textos, roteiros e falas viram imagens poéticas, me leva a ver o trabalho de outros fotógrafos e tentar compreender de onde surgiram as ideias. O como foi feito é detalhe, nada que treino, estudo e muitas tentativas não resolvam, mas o máximo que isso me traria seria conseguir copiar a técnica, mas jamais me traria uma idéia tão boa quanto a original. Esse sou eu, um sujeito inquieto e curioso sobre a estética, a harmonia, a criatividade e as idéias.
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A fotografia, como qualquer arte, para obter grandes frutos, necessita de grandes esforços, que incluem estudo e treino. Grandes fotos não nascem do acaso, não nascem do qualquer, e sim do preparo, do olhar aguçado, da soma de técnica e estética, do controle da luz, da interpretação da luz para que a mensagem seja levada adiante.”
Concordo em gênero, número e grau. E creio que cabe concluir com a pergunta que dá título ao artigo do Armando Vernaglia: Onde estão os inquietos?

1 de jul. de 2013

O lado escuro da luz

Como disseram Milton Nascimento e Fernando Brant na letra de Encontros e Despedidas, "chegar e partir são só dois lados da mesma viagem". Assim também, luz e sombra são dois lados da mesma moeda: a sombra é essencial para que a luz desenhe e delineie as formas.

Da mesma forma que o chiaro oscuro na pintura, é a combinação de luz e sombra que determina o caráter da foto, reforça perspectivas, ressalta texturas. Mesmo a quase ausência de sombras, nas fotografias em high key, como a sua total predominância, nas fotografias em low key, essa relação de forças é fundamental na definição do clima da imagem.

Em qualquer área da fotografia, seja em imagens captadas com luz natural, como nas produzidas em estúdio, o domínio consciente dessa relação, reflexo da intenção e da sensibilidade do fotógrafo, é essencial para a qualidade do resultado obtido.